#17 – Consumo consciente

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O calendário nos mostra que faltam menos de trinta dias para o Natal. De um lado, sabemos que o Natal representa o cultivo das mais belas virtudes humanas, em alusão ao nascimento do menino Jesus. Refiro-me à nossa alta capacidade de amar, e também de perdoar, de recomeçar, de compreender e ser solidário.

De outro, temos notado que o poder do consumo vem sendo cada vez mais potencializado nesta época do ano. Dois fatores concorrem para isso. O primeiro, diz respeito à época natalina em que, de regra, a estatística de consumo alcança picos incomparáveis aos demais eventos comemorativos vivenciados ao longo do ano. O segundo, diz respeito à crise que assola nosso país e que tem restringido o faturamento das empresas, a ponto de creditarem a este evento a perspectiva de restabelecimento dos lucros.

Faço desta reflexão um apelo para que conjuguemos dois fatores, perfeitamente compatíveis e, inclusive, complementares um em relação ao outro: o verdadeiro sentido do Natal e o consumo consciente.

É possível resgatar do passado, da época dos nossos avós e ancestrais ainda mais distantes, as mais belas e enriquecedoras experiências sobre o significado do Natal. Por certo, povoarão nossas mentes as imagens das crianças decorando a árvore de Natal, da mãe fazendo os docinhos na cozinha e também da família reunida ao redor da mesa, saboreando um jantar feito por muitas mãos.

Este espírito natalino, uma vez resgatado a partir das nossas melhores lembranças, proporcionará importante reflexão sobre o consumo, justamente para que ocorra de forma consciente. O maior presente que podemos oferecer a quem amamos é (e sempre será) a nossa felicidade, a qual, para ser vivenciada, pressupõe equilíbrio nas mais diferentes áreas da nossa vida, inclusive na financeira.

Por isso, aproveite esta época do ano para fazer uma análise de sua vida, não apenas em relação ao aprendizado extraído das experiências já vividas, mas também em relação ao futuro (quem sabe até aplicando um ao outro), justamente para que priorize a boa administração dos recursos (aí me refiro ao décimo-terceiro salário e adicional de férias, por exemplo) de modo a sanear suas dívidas (pois os juros e demais encargos costumam impactar demais o orçamento familiar, a ponto de até mesmo desestruturá-lo). Lembro que, a partir de março do ano que vem, com o novo Código de Processo Civil, as dívidas executadas na justiça poderão ser encaminhadas a protesto e acarretar inscrição no cadastro restritivo de crédito (a exemplo do SERASA e SPC).

E mais, na hora de comprar os presentes, lembre que o valor respectivo não está estampado no preço, mas sim na emoção de quem o entrega.

Estamos sugerindo, então, três medidas: quitação de dívidas, consumo consciente e até mesmo formação de alguma reserva financeira, por menor que seja, se for possível.

Somente assim, prevenindo as preocupações que poderão se transformar em grandes problemas amanhã, é que você garantirá uma boa noite de sono (que também pode ser entendida como uma “noite feliz”), educará seus filhos proporcionando-lhes um bom exemplo, e preparará as condições adequadas para a chegada de um novo ano que, quiçá, possa lhe proporcionar mais e mais conquistas.

Programa exibido em 27 de novembro de 2015

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