#9 – Corrupção

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Do latim, podemos extrair importante sentido para compreender o alcance da palavra corrupção. Corruptio significa degradação, deterioração. Do que? Do que temos de mais importante: nossos valores morais e éticos.

Por que ocorre tanto? Será que compensa? Para quem? Será que é somente por conta da impunidade?

Mas, o que nós temos a ver com a corrupção?

Temos visto nos noticiários tantas denúncias que este assunto deixou de nos surpreender. Mas, não podemos deixar de nos indignar.

Ao ler sobre as medidas contra a corrupção, onde vemos corrupção ativa, corrupção passiva, contrabando, tráfico de influência, emprego irregular de verbas públicas, prevaricação, me dou conta de que tudo passa pelas virtudes de caráter que desenvolvemos e que difundimos na educação de damos aos nossos filhos.

Esta grade identidade pode ser percebida, por exemplo, nas leis escoteiras. O escoteiro tem uma só palavra, é leal, está sempre alerta para ajudar o próximo e pratica diariamente uma boa ação, é amigo de todos, é cortez, é bom para os animais e as plantas, é obediente e disciplinado, é alegre e sorri nas dificuldades, é econômico e respeita o bem alheio, é limpo de corpo e alma.

O que esperar, então?

Do servidor: QUE ASSUMA A RESPONSABILIDADE EM RELAÇÃO ÀS ESCOLHAS FEITAS. O servidor público assumiu a tarefa de servir ao próximo por vontade própria. Gerir e respeitar o patrimônio público é o primeiro passo.

Do cidadão: QUE SE COMPROMETA COM A SUA MISSÃO. SOLIDARIEDADE. Servir ao próximo deveria ser um lema do ser humano, pois todos temos uma missão a cumprir por meio da nossa profissão.

De todos: QUE SEJA HONESTO. Não mentir. Se vai a um curso, é porque é importante. Se empregou dinheiro público, que preste as contas corretamente. Enfim, espera-se que vele pelo emprego consciente da verba pública e que tenha sempre discernimento entre o que é seu e o que é do outro.

CORRUPÇÃO NÃO TEM A VER SOMENTE COM POLÍTICA. Tem também a ver conosco. Ou não somos nós que sofremos com um sistema de saúde ineficiente, de educação insatisfatória, de cultura desvalorizada, para não citar outros exemplos.

Aplicando algumas das medidas apontadas pelo Ministério Público Federal, no pacote das 10 medidas contra a corrupção, quiçá consigamos desenvolver uma cultura de intolerância à corrupção, quiçá tenhamos consciência de que tal prática faz um mal maior que se possa imaginar (pois a corrupção não somente enriquece alguns; mata outros) e, quiçá, as instituições operem as necessárias mudanças para que o combate seja mais eficiente, sem olvidar também a reparação do prejuízo causado e a penalização. Não esqueçamos que, no começo e no fim de tudo, está o cidadão, pois é ele que compõe tanto a sociedade que sofre os efeitos da corrupção, como as instituições que prometem combatê-la. A rigor, ressalva feita à generalização, é ele também que pratica a corrupção ou que permite que seja praticada. Como se percebe, somente ao cidadão é conferido o poder capaz de mudar este estado de coisas. Que neste embate, triunfe o bem comum, pressuposto da paz social.

Programa exibido em 02 de outubro de 2015

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